17 outubro 2005

O Trabalho está matando

O artigo que segue abaixo é para levantar a questão de que tipo de responsabilidade social estamos falando.
Hoje fala-se em responsabilidade social, muito preocupada com campanhas de Natal, do Agasalho, Dia da Criança, ações em comunidades onde empresas estão inseridas.
Não quero dizer que nada disso é importante... Levanto o seguinte aspecto: seria melhor cuidar primeiro da responsabilidade social interna das organizações. Sim, cuidar de funcionários, de treinamento, de saúde, de bem-estar, de felicidade.
Quando vou visitar uma empresa para oferecer meus serviços preocupo-me em oferecer soluções que tragam não apenas visibilidade, mas que propiciem resultados efetivos e financeiros para a empresa, como maior produtividade, maior motivação de seus funcionários.
Entre implantar responsabilidade social enquanto um projeto de voluntariado, eu sugiro, uma certificação em SA8000. Mas se organização sugere OSHAS, eu prefiro realizar a implantação desta em primeiro lugar, pois olhe como está o Brasil:
"Segundo OIT, acidentes e doenças ocupacionais tiram a vida de 57 mil por ano no país
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgou, na semana passada, uma estimativa de mortes causadas por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. As 57.409 mortes levantadas pela organização no Brasil, em 2001, são 22 vezes mais que o registrado na Previdência Social, em 2003: 2.582 mortes causadas por acidentes de trabalho. A Previdência, que não contabiliza falecimento por doenças ocupacionais, no mesmo ano, registrou 390.180 acidentes trabalhistas; 3,4% da estimativa da OIT. O diretor do Departamento de Segurança e Saúde do Ministério do Trabalho, Rinaldo Marinho Costa e Lima, afirma que a diferença entre as duas estimativas se justifica porque a Previdência Social não faz registro de acidentes em trabalhadores informais e sem carteira assinada, que representam parte significativa da população brasileira. Para ele, os números da OIT estão mais próximos da realidade brasileira.
Fonte: O Globo/ Cad. Economia/ Pág. - 24/09/2005"

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