21 outubro 2005

Resolvi dar a minha opinião

Resolvi colocar a minha opinião.
Concordo que o direito do indivíduo deve prevalecer sobre toda e qualquer circunstância, portanto não vejo como tão óbvia e sábia a solução oferecida por este referendo.
Outro ITEM, é que o fato de se ter uma determinada visão de mundo não pode interferir num direito, seja qual for o direito.
O que deve se avaliar a aqui não é o objetivo é a conseqüência de um resultado nada democrático: a escolha de se ter ou não uma arma.
Se fosse tão honesta a intenção de referendo, e é isso que me assusta, por que não fizeram um referendo sobre a transposição do Rio São Francisco, afinal é um patrimônio mais do que nacional, tem muito dinheiro envolvido, interesses internacionais excusos e comprovadamente favorecimento da elite.
O referendo, neste caso, denota que temos aqui uma TRANSFERÊNCIA da responsabilidade para o povo, afinal o que se verifica é que os deputados não querem assumir o risco de perder os seus eleitores, pois sabemos que a maneira inconsistente, desonesta e com altíssima parcialidade com que se administra o dinheiro público em nosso país não garantirá o direito de uma maioria.
Quem não tem comida, não tem saúde, não tem saneamento básico também não tem condições de comprar uma arma. Outra parte da minoria que resta da população não quer e se recusa a ter uma arma. Portanto não acho justo nem correto que sejam gastos milhões de reais com uma campanha sem o menor cabimento...Acho que isso é desvio de verba, desvio da atenção do povo do cenário político.
Não tenho outra forma de dizer que não aceito a falta de democracia e o desrespeito com que meu dinheiro está sendo gasto por este governo corrupto e desonesto como dizendo NÃO à proibição do comércio de ARMAS. VOTO 1.
Lamento, mas não é uma questão antropológica, social. É uma questão econômica, de interesses excusos e política, na tentativa de responsabilizar a população por aquilo de que hoje somos vítimas - da péssima organização, administração e gestão dos gastos públicos em segurança.
Temo em que ofendamos instituições que tentam trabalhar para o bem comum, que sejam manipuladas, temo que sejam ofendidas. Não considero que nenhuma das ong´s envolvidas nisso tenha segundas intenções. Porém, creio que defendem um ideal consistente e verdadeiro, mas é um ideal além da realidade de governo em que vivemos e consciência de um povo tão sofrido e violentado nos seus direitos.
Prefiro que estas ongs busquem mobilizar a população em prol de ética na conduta cotidiana, evitar a sonegação de imposto, o combate à pirataria, acesso à informação de modo democrático, inclusão digital, orientação na educação sexual, prevenção à AIDS, socialização da saúde, dos meios de segurança publica, combate à corrupção no meios jurídicos (advogados corruptos, juízes e seu nepotismo, policiais que compactuam com o tráfico, policiais que roubam dinheiro de dentro de seu próprio edifício. Prefiro que estas ongs cuidem também da internalização de valores esquecidos em nossa sociedade: como respeito ao idoso, à criança, dignidade do outro. Que estas ongs, trabalhem contra o trabalho escravo, educando empresários e governo.
EDUCAR, É MUITO MAIS DIFÍCIL, NÃO DA IBOPE, NÃO LEVA VOCÊ PARA MÍDIA, NÃO DÁ PATROCÍNIO, POIS É INTANGÍVEL, MAS É O PODER DE UM POVO. SÓ PRECISAMOS DESARMAR PORQUE ESTAMOS NA CONTRA-MÃO DA REALIDADE MUNDIAL.
Que essas ongs trabalhem para o combate da corrupção no governo, em mobilizar a população para a melhoria das políticas públicas.Isenção de taxas na comercialização de produtos na cesta básica. Isso é evitar a violência!

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